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11 de jun. de 2018

RESGATANDO OS VALORES PERDIDOS


“Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.” – (Lc 15.8,9)
Jesus utiliza esta ilustração de um fato natural para refletir uma verdade espiritual. Neste caso, nas três parábolas contadas neste capítulo, ele fala de algo que se perde e é reencontrado. Uma aplicação clara ao pecador que se arrepende e é “reencontrado” por Deus é feita nas três parábolas. Porém, além deste entendimento claro e específico, acredito que, assim como toda porção profética da Palavra de Deus, temos algo mais a aprender neste ensino.
Jesus falou sobre uma perda que aconteceu dentro de casa, e quero fazer uma aplicação espiritual disto para nossos lares e casas. Alguns podem achar que estamos apenas “espiritualizando” um texto fora de seu contexto, mas a cosmovisão bíblica dá suporte a este tipo de interpretação, desde que se harmonize com o restante dos princípios explícitos das Escrituras Sagradas.
 VALORES PERDIDOS
Esta mulher não perdeu a moeda na rua, mas dentro de casa, sem sequer ter saído de lá. A moeda, um denário, tinha mais valor do que a idéia que passa na nossa mente quando pensamos em uma moeda. Era a paga por um dia inteiro de trabalho de um trabalhador normal. E esta perda de algo valioso dentro de casa me fala de outros valores (não materiais) que muitas vezes perdemos dentro de casa.
Sei por experiência própria, como marido, como pai e também como filho, que muitos valores que devemos guardar dentro de casa, no convívio com nossos familiares podem ser comprometidos. Falo de valores emocionais como: o respeito, o carinho, o amor, a paciência, a compreensão, a dedicação, o serviço, a harmonia, a paz, a doação de si mesmo, etc. Falo também de valores espirituais, como: a oração, o devocional, a fé, o temor de Deus, a meditação na Palavra, e outros.
Muitas pessoas acham que para sofrer perdas em seus lares é necessário muita interferência ou pecados externos, mas digo que não. Quando pensamos só na moeda em si, imaginamos algo fácil de se perder e permanecer escondido em algum canto da casa. Quem já não perdeu algo em casa? O termo “moeda” não nos faz perceber a dimensão da perda. Na verdade, tratava-se de um décimo de tudo o que a mulher tinha! Este paradoxo também se dá com muitos dos valores que perdemos em nosso lar. Aparentemente trata-se apenas de “uma moeda”, mas vale bem mais do que o que só aparenta!
O processo de recuperação da moeda por parte desta mulher envolveu cinco atitudes que vejo como sendo a forma de reencontramos nossos valores perdidos.
 ACENDENDO A CANDEIA
O texto sagrado revela que a mulher acendeu a candeia. ela buscou mais luz porque havia falta dela… e não há como procurar algo no escuro. Acredito que este é um paralelo espiritual de algo que precisamos para reencontrar qualquer tipo de valor perdido, não só em nosso lar como também em nossa vida em Deus.
Que luz é esta que nos auxilia nesta busca? É a ação reveladora do Espírito Santo. Trazer à luz é expor o que estava oculto. Paulo falou aos coríntios sobre examinar-se a si mesmo. Mas creio em mais do que um auto-exame nas horas de concerto. Creio que precisamos nos aquietar perante o Senhor e deixá-lo falar em nosso íntimo pelo Espírito Santo…
 VARRENDO A CASA
Aquela casa necessitava de limpeza. A sujeira que estava lá naquele chão podia esconder a moeda. Não sabemos por que havia sujeira, talvez aquela mulher tenha deixado a janela aberta e um pé de vento trouxe sujeira para dentro de casa.
O mesmo acontece conosco, muitas vezes nos expomos demais a este mundo e permitimos que seus conceitos entrem em nossa casa e coração. Às vezes pela TV, ou por meio de não-crentes com quem convivemos… mas o fato é que quando a sujeita do mundo entra, encobre e esconde de nós aquilo que temos perdido. Se quisermos reencontrar valores, precisamos nos livrar da sujeira que entrou!
 PROCURANDO COM DILIGÊNCIA
Aquela mulher procurou com diligência seu valor perdido. Tem crente que chora no apelo, mas depois não dá um passo para alcançar aquilo que perdeu em sua vida espiritual ou familiar.
A mulher de nossa história empreendeu uma busca diligente, dedicada. Isto fala de disposição de concerto. Deus não dá nada para quem não valoriza. Por meio do profeta Isaías ele disse: “Derramarei água sobre o sedento” – (Is 44.3).
Por que Deus só derrama água sobre o sedento? Por que não sobre qualquer um? Ele dá água para quem valoriza a água, para quem vai aproveitá-la!
Jesus nos ensinou a não lançar pérolas aos porcos. Quem não valoriza não merece receber. Se queremos algum tipo de restauração em nossa vida em Deus ou em nosso lar, temos que nos empenhar nisto!
ATÉ ENCONTRAR
A mulher não apenas foi diligente, como também foi perseverante. A parábola nos revela que ela não parou de buscar enquanto não encontrou aquilo que havia perdido. Enquanto a diligência tem a ver com a “qualidade” da busca, a perseverança tem a ver com a “duração” da busca.
Normalmente falamos de se alcançar a nossa herança em Deus por meio da fé. É lógico que sem fé é impossível agradar a Deus, e o que duvida não receberá coisa alguma, mas há algo que acompanha a fé e que normalmente não percebemos o quanto tem a ver com possuir a herança: a perseverança. As Escrituras nos ensinam que precisamos tanto da perseverança como precisamos da fé:
“para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela perseverança, herdam as promessas.” – (Hb 6.12)
Algumas versões usam aqui o termo paciência, mas fala a mesma coisa. Fala de determinação até que se chegue ao alvo.
Precisamos desta firmeza na busca da restauração dos valores perdidos no lar. A família tem um lugar muito especial no coração de Deus, e Ele deseja que vivamos o seu melhor, inclusive nesta área.
As três parábolas de Lucas 15 nos mostram que não devemos nos conformar com as perdas. É hora de empenho, de dedicação, de determinação nesta restauração.
ALEGRIA PÚBLICA
Assim que reencontrou o que havia perdido, a mulher reuniu suas amigas e vizinhas para se alegrarem. O testemunho de restauração sempre animará outras pessoas, especialmente aquelas que estão iniciando a sua busca. Tudo o que Deus nos dá deve ser dividido com outros. Paulo declarou o seguinte:
“É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.” – (2 Co 1.4)
Quando Jesus libertou aquele endemoninhado gadareno, este lhe pediu que o pudesse acompanhar. A resposta de Jesus reforça o que estamos dizendo:
“Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam.” – (Mc 5.19,20)
Este homem recebeu a comissão de dividir com outros o que Deus nos fez. Este é um princípio do Reino que deveríamos levar mais a sério. A mulher samaritana que encontrou-se com Jesus junto ao poço de Jacó teve a mesma atitude:
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito.” – (Jo 4.39)
Assim que você resgatar aquilo que se havia perdido, estará debaixo da comissão de torná-lo público. Não apenas como um motivo de se alegrar, mas principalmente o de levar regozijo aos outros, especialmente os que possuem as mesmas necessidades que você tinha…

8 de jun. de 2018

OS JOVENS TAMBÉM SE CANSAM


Textos: Pv. 20.29; Is.40.30-31
Introdução: Em Provérbios 20.29, Salomão elogia a força dos jovens. Porém, Isaías diz que os jovens se cansarão, ficarão exaustos e cairão. Se os jovens são tão fortes, têm tanta energia e disposição, por quê eles se cansariam e cairíam?
1- A frustração dos objetivos não alcançados.
Emprego, carreira, dinheiro, casamento, e outros sonhos ou necessidades são, muitas vezes, impedidos ou adiados por motivos diversos. Isto pode causar desânimo e um tipo de cansaço por causa da luta.
2- O cansaço por querer antecipar as coisas ou ir longe demais.
Quem corre muito se cansa. Muitos jovens estão muito apressados para experimentarem os prazeres da vida. Com isso, entregam-se ao sexo ilícito, a relacionamentos superficiais. Isso pode causar um cansaço existencial, quando, ao se chegar a um certo tempo da vida, os prazeres tornaram-se problema porque foram buscados na hora errada. Por exemplo, o sexo ilícito pode trazer gravidez precoce e não planejada, além de doenças, formação familiar inadequada, etc.
3- A força roubada por Satanás.
O Inimigo rouba a força do jovem através do vício da bebida, do fumo e das drogas.
4- A queda do jovem.
Primeiro vem o cansaço, mas o indivíduo tenta continuar com o mesmo tipo de vida. Depois, vem a exaustão, que é um cansaço extremo e imobilizador. O estágio seguinte é a queda. Quantos estão desistindo dos estudos, da família, do trabalho, e até mesmo da própria vida!
Conclusão: 
Não desista. Coloque Deus na sua história. Jesus disse: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt.11.28). “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças.” (Is.40.31).
O jovem precisa aprender a confiar em Deus e esperar pelo que o futuro lhe reserva, não tentando antecipar aquilo que sua consciência rejeita por ainda não ser o momento certo.

ADOLESCENTES DA BÍBLIA



Ser adolescente inclui vantagens e desvantagens . No auge do vigor, da beleza, dos sonhos e da busca por autonomia surge um turbilhão de conflitos que o torna incompreendido pelos adultos. É uma fase de transformações, de autoafirmação e de curiosidades. Todos esses acontecimentos podem rumar para a maturidade, também para a insegurança e o aumento dos conflitos. Na verdade, ser adolescente é como um rito de passagem comportamental e hormonal que não segue manuais, porém conserva características comuns a faixa etária. Por exemplo: todo adolescente quer ser aceito nos grupos que elegeu como importantes para sua vida.

Ser adolescente e cristão é um desafio ainda maior porque há de se moldar para alguns desejos latentes e insistentes próprios da idade. Na questão do namoro, das imposições dos grupos, da popularidade, enfim, é preciso ter referenciais sólidos e seguros que sustentem as bases da moral e da personalidade para não se desabar em más escolhas. E essas escolhas podem afetar o restante de suas vidas. Não se trata aqui de podar e proibir a alegria e o desfrutar da mocidade, mas de aprender a viver e a utilizar os conflitos da adolescência como pontos de partida para decisões acertadas.

Para tanto, alguns adolescentes da Bíblia que servem de referencial para os demais adolescentes. O que se revela deles ficou como lições que podem nortear e ajudar na formação da vida cristã e na convivência social em geral. Cada um desses adolescentes viveram em épocas diferentes e atravessaram seus desertos em estações diferentes também. De Samuel a Rode há uma grande distância temporal. Samuel viveu cerca de 800 anos antes de Cristo e Rode em 62 d. C, quando as perseguições a cristãos eram frequentes e violentas (como ainda são hoje).

Contudo,  vale lembrar que a Bíblia é sempre atual e o que está escrito por inspiração Divina não caduca (O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar, Mt 24:35). 

Vamos aprender com Samuel, a escrava Israelita e Rode?

Samuel:

Samuel era filho de Ana e Elcana. Seus pais o apresentaram no templo em Siló e lá o deixaram para seguir ministério ao lado do sacerdote Eli. A mãe de Samuel era estéril, orou a Deus pedindo um filho e concebeu por milagre. Por gratidão, Ana doou o filho para trabalhar na obra de Deus. Treze anos de idade, é o que deveria ter Samuel quando foi entregue no templo, pois,nessa idade é que os meninos judeus são considerados capazes de fazer escolhas, são então chamados de “filhos do mandamento” B'nai Mitzvah.

A Bíblia diz que certa noite, dormia Eli em seu conforto e Samuel dormia dentro do templo, próximo a arca da aliança. Deus falou diretamente com Samuel, o chamou por três vezes, ele levantou e foi até Eli achando que era ele quem o tinha chamado. Eli, então reconhece que o próprio Deus falará a Samuel e o instrui a responder a voz: “fala Deus, que o teu servo te escuta”. (I Samuel 3: 1 a 10).

I Samuel 2: 21: E o jovem Samuel crescia diante do Senhor.

Breves lições em Samuel:


  • Eli estava cansado e já não tinha o mesmo zelo e vigilância pela obra do Senhor. Samuel tinha sede de Deus, zelo pelo templo e sabia quão importante era a arca da aliança, por isso dormia no templo.
  • Samuel tinha disposição para aprender
  • Respeitava os mais velhos
  •  Era humilde
  •  O adolescente Samuel levantou todas as vezes que ouviu chamarem-no. Se mostrou pronto a servir e a aprender a discernir entre voz de Deus e voz de homem. Samuel era responsável e já demonstrava maturidade porque compreendia a importância de obedecer a Deus e respeitar o próximo.

A menina vendida como escrava para casa do Naamã.


“Subiram tropas da Síria e da terra de Israel, levaram cativa uma menina que ficou a serviço da mulher de Naamã. Disse ela a sua senhora: Tomara o meu Senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria, ele o restauraria de sua lepra. Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é de Israel” II Reis 5: 2 a 4

Escrava, adolescente, natural de Israel (nação que constantemente guerreava com a Síria), a menina escrava se situava em um contexto social complicado e desfavorável. Contudo, havia algo de especial nessa menina que fizera com que o capitão Naamã e sua esposa a considerassem digna de confiança: a palavra da menina sobre o profeta Eliseu foi prontamente ouvida e seguida. Consideremos algumas características dessa pequena mensageira de Deus:

  • Ela conhecia ao Deus de Israel
  • Tinha fé no Deus de Israel (Naamã seria restaurado da lepra se o buscasse)
  • Trabalhava sem murmurar, era disposta.
  • Prudente no agir e no falar
  • Altruísta, se importava com a dor do próximo

Rode 

Para mim foi uma grata surpresa estudar sobre essa garota. Nunca ouvi qualquer pregação, estudo,artigo ou o que seja sobre ela, mas quando Deus me conduziu a conhecer sua história, compreendi porque ela recebeu destaque no livro de Atos. É uma passagem pequenina, porém com grandes revelações, vejamos:

“E batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas ela afirmava que assim era. E diziam é o seu anjo.” Atos 12: 13 a 16.

Lições em Rode.

  •  Haviam muitos adultos no pátio, mas Rode foi a única que correu até à porta; ela era diligente, observadora, prestativa.
  • Mas Rode não abriu a porta, por que? Ora, Pedro vinha de uma situação de perigo, fora preso por soldados romanos, estava em sua primeira situação de liberdade. Rode foi prudente, por mais que estivesse alegre com o retorno de Pedro não agiu impetuosamente porque sabia que poderia se tratar de uma armadilha: e se houvessem soldados com Pedro? Poderiam capturar os cristãos que estavam ali reunidos em oração. Rode nos ensina a não abrirmos a porta para o perigo.
  • O pátio era o lugar onde a igreja se reunia em jejum e oração, se Rode estava presente é porque se alegrava em participar dos cultos. Ela era uma garota que não dava trabalho aos pais, participava da obra do Senhor e prestava muita atenção as pregações. Tanto é que reconheceu imediatamente a voz de Pedro.
  • Rode se alegrou com a soltura de Pedro, ela se alegrava em rever os irmãos e se alegrava com o agir de Deus na vida dos irmãos.

Rode foi uma garota cristã formidável!

Certamente que encontraremos outros bons  exemplos de adolescentes na Bíblia, mas por enquanto ficamos por aqui.


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