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25 de nov. de 2018

DEUS PROCURA HOMENS OCUPADOS




“E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer” (Atos 9:6). Edição Corrigida.

Introdução:

A – Existe uma tendência no ser humano de imaginar que só as pessoas desempregadas e desocupadas é que necessitam de emprego e de trabalho.

1 – Às vezes dizemos: “Ele já tem um bom emprego. Não necessita de nenhum outro serviço. Deve, portanto, ficar onde está”. Ledo engano.

B – Deus, porém, nunca age assim. Paradoxalmente, quando Ele necessita de um trabalhador, preocupa-se em saber se a pessoa já está trabalhando, se já tem alguma ocupação. É esta é a pessoa que Deus usa em Seu trabalho.

1 – Deus nunca usa uma pessoa desocupada e ociosa.

a) Quem está ocupado é porque gosta de trabalhar.

C – Deus sempre usa pessoas ocupadas.

1 – Se você tem dúvidas daquilo que estamos dizendo, então, vamos a alguns exemplos bíblicos:

I – MOISÉS, UM PASTOR OCUPADO – “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Mídiã; e levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe”. (Êxodo 3:1-10).

A – Estava muito ocupado. Apascentava as ovelhas de seu sogro, Jetro.

1 – Foi aí que Moisés viu uma maravilha: uma sarça pegando fogo.

a) A sarça ardia, mas o fogo não apagava.
b) Resolveu aproximar-se para ver de perto o espetáculo.

(1) Foi aí que Deus lhe falou: “Moisés, não te aproximas... O lugar aqui é terra santa. Tira as sandálias dos pés”.

c) Deus lhe falou: “Eu Sou o Deus de teu pai, o Deus Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó”.
d) Aquele homem ocupado tinha agora uma missão especial a fazer: “Vem, agora, e Eu te enviarei a faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito”. (Êxodo 3 10).

2 – Moisés teve de abandonar o seu trabalho de pastor de ovelhas para fazer o grandioso trabalho de Deus pelo seu povo.

II – DAVI, UM JOVEM PASTOR OCUPADO – “Perguntou Samuel e Jessé: Acabaram os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé; manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha”. (I Samuel 16:11). 

A – Este rapaz ocupado que Deus procurava era Davi.

1 – Para Jessé foi fácil encontrar os seus filhos. 
2 – Entretanto, o que Deus queria não foi tão fácil assim.
3 – Foi o último a chegar, porque estava muito ocupado. 

a) Davi pastoreava o rebanho da família.

B – Há uma grande semelhança entre o trabalho realizado por Moisés e Davi.

1 – Ambos pastoreavam ovelhas. 

a) Pastorear ovelhas era um trabalho nobre.
b) Precisava ter abnegação, paciência...
c) Toda ovelha necessita de um pastor.

(1)Sem um pastor ela se perde facilmente. As ovelhas não têm senso de direção.

III – ELISEU, UM LAVRADOR OCUPADO – “Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou seu manto sobre ele. Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo. Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia”. (I Reis 19:19-21).

A – Eliseu ocupava-se arando a terra com 12 juntas de bois.

1 – Era um lavrador do solo.
2 – Enquanto Moisés e Davi trabalhavam com ovelhas, Eliseu trabalhava na agricultura, com bois. 
a)Deus o tirou de lá para fazer um grande trabalho.

IV – GIDEÃO, UM AGRICULTOR OCUPADO – “Então veio o anjo do Senhor, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos medianitas. Então, o anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O senhor é contigo, homem valente”. (Juízes 6:11-14). 

A – Gideão malhava o trigo no lagar.

1- Que trabalho difícil e complicado: malhar o trigo no lagar!

a) Hoje, nós usamos o trigo em nossas refeições. Mas já chega à nossa mesa industrializado.

2 – Gideão fazia um trabalho difícil.

3 - Foi aí que Deus o chamou. O povo de Israel, que antes fora oprimido no Egito, agora estava mais uma vez sofrendo nas mãos dos midianitas. Gideão, porém, desprezando um grande exército, por ordem divina, só com 300 homens valentes salvou o povo de Israel das mãos do opressor.

V – PEDRO, ANDRÉ, TIAGO e JOÃO: PESCADORES OCUPADOS – “Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e O seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e os chamou”. (Marcos 4:18-22).

A – Eram pescadores.

1 – O pescador é um homem ocupado.

a) Que trabalha na hora certa e incerta.
b) Que não tem hora para começar, nem terminar, pois o seu trabalho está atrelado à enchente e vazante das marés.
c) Que trabalha diuturnamente.
d) Que precisa ter paciência, porque existe “o dia do peixe” e “o dia do pescador”.

B – Jesus transformou estes pescadores de peixes em pescadores de homens.

1 – Ocuparam-se por toda a vida em salvar almas.
2 – Morreram trabalhando para o Seu Mestre.

VI – MATEUS, UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO OCUPADO – “Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e O seguiu”. (Mateus 9:9).

A – Mateus trabalhava numa coletoria cobrando impostos.

1 – Era um funcionário público muito ocupado. 
2 – Eu sei que existem aqui muitos funcionários públicos.

a) Esses têm hora para começar e hora para terminar o trabalho.
b) São pessoas ocupadas. Talvez, Deus não quer hoje que você abandone o seu trabalho como no caso de Mateus.

(1)Entretanto, mesmo sendo você uma pessoa ocupada, Deus quer que você dedique um pouco de seu tempo em favor do Seu Reino.

VII – LUCAS, UM MÉDICO OCUPADO – “Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas”. (Colossenses 4:14).

A – Lucas era médico.

1 – Temos aqui vários médicos...
2 – Que profissão linda! Mas difícil e complicada.

a) O médico, muitas vezes, não tem hora para dormir, tornando-se um escravo de sua profissão.
b) Não tem hora certa para descansar.
c) Aqueles que fazem plantão sempre estão com sono.

Ilustração: Perdi recentemente um amigo de infância. Era médico. Saiu do plantão de manhã cedo e voltava para casa no seu automóvel. Dormiu no volante, dirigindo numa Avenida do Recife, morrendo na hora num acidente automobilístico.

B – Hoje, Deus necessita de médicos para realizar uma grande obra médico-missionária em favor dos que sofrem.

VIII – SAULO DE TARSO, UM HOMEM RELIGIOSO OCUPADO – “Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno; e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando matavam. Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo na por cidades estranhas os perseguia. Com este intuito, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado”. (Atos: 26:9-12).

A – Saulo de Tarso era um homem muito ocupado. 

B – Trabalhava contra Deus, perseguindo os cristãos.

1– A Mordomia nos ensina que Deus está sempre disposto a perdoar a nossa ignorância, mas não aceita a nossa falta de sinceridade. Saulo de Tarso era inimigo de Jesus, mas um homem sincero.

2– O problema de Saulo é que ele estava jogando no time errado sem saber, e por isso fazia “gol contra”. Deus, conhecendo a sua sinceridade e disposição para o trabalho, “comprou o seu passe”.

3 – Na estrada de Damasco, ele se encontrou com Jesus. “E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer”. (Atos 9:6) Edição Corrigida.


4– A primeira coisa que Deus fez foi mudar o seu nome de Saulo para Paulo. A partir daí, Paulo começou a trabalhar para a ”Empresa” certa e por Ela deu a sua vida.

a)Deixou de ser um perseguidor e passou a ser um perseguido. Ocupou-se por toda a vida no serviço de Deus.

b) “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda” (II Timóteo 4: 7 e 8).

CONCLUSÃO:

A – Se você está muito ocupado, é exatamente de você que Deus precisa.

B – Deus nunca usa quem não tem o que fazer.

C – Deus sempre usa homens e mulheres ocupados.

1 – Usou Moisés – Um homem ocupados pastoreando as ovelhas..
2 - Davi – Também cuidava das ovelhas de seu pai.
3 – Eliseu - Arava a terra com 12 juntas de bois.
4 – Gideão – Malhava o trigo no lagar.
5 – Pedro, André, Tiago e João - Pescavam no Mar da Galileia.
6 – Lucas – Era um médico ocupado.
7 – Paulo. – Ocupado num trabalho errado.

D – Todos estavam muito ocupados.

1– E você, está muito ocupado?

a) É você que Deus quer usar no Seu trabalho, hoje.

E – Meu prezado irmão, se você está muito ocupado, então, tenha a certeza de que Deus está precisando de você para concluir a Sua Obra. Faça com dedicação a sua parte.



Eliezer Martins

24 de nov. de 2018

LEMBROU-SE DEUS…



Como Ele poderá se esquecer de homens e mulheres escolhidas para atender o Seu propósito?
Quando a Bíblia diz que Deus “se lembrou”, quer dizer “chegou a hora”. Isso expressa duas coisas: amor fiel e de intervenção oportuna.
Gênesis 6:9 – “Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos. Noé andava com Deus”.
Gênesis 6:18 – “Contigo , porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos”.
Gênesis 6:22 – “Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara”.
Noé foi um homem que obedeceu a Deus em tudo o que este lhe pediu.
Veio o dilúvio e as águas predominaram durante 150 dias sobre a terra, quando então lemos a expressão “Lembrou-se Deus de Noé”.
Depois de tanto tempo chegou a hora da intervenção oportuna de Deus. Chegou o tempo de Deus (kairós).
Significa que Deus pretende fazer algo novo.
Gênesis 8:15 e 16 – “Então disse Deus a Noé: Sai da arca, e, contigo, tua mulher e teus filhos, e as mulheres de teus filhos”.
Ao sair da arca Noé constatou que havia um mundo novo lá fora. Coisas novas que deveriam ser feitas, experimentadas.
Se desejamos experimentar o novo de Deus, precisamos “sair da arca”, de deixarmos a passividade, o comodismo, a zona de conforto.
Aos nossos olhos podemos pensar que a vida de Noé e de sua família não era nada fácil, pois tinham que conviver com todos os tipos de bichos, alimentá-los, limpeza diária, conviver com o mau cheiro e barulho, porém “o homem é um ser que se habitua a tudo” – Dostoiveski.
Gênesis 19:29 – “Lembrou-se Deus de Abraão…”
Deus estava para destruir Sodoma e Gomorra, mas lembrou-se de Abraão, de sua intercessão em favor dos justos que poderiam estar naquelas cidades e que iriam perecer juntamente com os ímpios. Chegara a hora de Deus lidar com aquelas cidades por causa dos pecados nelas existentes. Era hora da intervenção oportuna de Deus. Chegara o tempo de Deus (kairós) de executar juízo. Deus muda o rumo das coisas e permite que Ló e sua família sejam salvas, por causa da intercessão de Abraão.
Tiago 5:16b – “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”.  A oração de um homem pode mudar o destino de pessoas. Para Ló e sua família aquele momento significou um novo começo, um novo tempo.
Gênesis 30:22 – “Lembrou-se Deus de Raquel…”
Raquel era a esposa preferida de Jacó. Jacó a amava intensamente. Porém, Raquel era estéril. Uma mulher não poder ter filhos era uma vergonha, pois isso significava que a benção de Deus não a tinha alcançado. Tinha sua irmã Lia como concorrente, pois esta já tinha dado filhos a Jacó (Gênesis 30:1 e 8).
A situação era tão grave que Raquel chegou a dizer: Dá-me filhos, senão morrerei (Gênesis 30:1).
Gênesis 30:22 – “E lembrou-se Deus de Rachel, e escutou-a, e abriu sua matriz” – Torá.
“E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu a sua madre”. RC.
Gênesis 30:23 – “Ela concebeu, deu a luz um filho, e disse: Deus me tirou  o meu vexame – Deus removeu a minha desgraça – Tirou-me Deus a minha vergonha”.
Nasceu José o filho que significa “O Senhor me acrescente”, “Que Ele acrescente”.
José o filho que Deus prosperou por onde andou e em tudo o que fez.
Quando a vergonha, o vexame, a desgraça é retirada por Deus, significa que está surgindo um novo tempo, tempo de honra, de benção, de prosperidade e de alegria.
Entendo que quando lemos “Lembrou-se o Senhor” isso nos remete que o favor do Senhor se move ao nosso encontro.
Entendamos o favor do Senhor não como algo que vem para produzir uma igreja triunfalista, mas uma igreja que se humilha, ora, busca a Deus e que se arrepende dos seus maus caminhos, então a misericórdia e a bondade do Senhor nos seguirão todos os dias da nossa vida. Os olhos do Senhor estarão abertos e os seus ouvidos atentos a oração que se fizer neste lugar.

30 de out. de 2018

COISAS PEQUENAS


Cuidado com as pequenas coisas!

Na Bíblia vemos muitos homens de Deus que pecaram em pequenas coisas e perderam sua bênção:
-Adão e Eva pecaram por causa de uma fruta (Gênesis 3.6).
-Caim matou Abel por causa de inveja de uma oferta (Gênesis 4.5).
-Esaú perdeu sua bênção por um prato de lentilhas (Gênesis 25.34).
-Sansão entregou seu segredo por causa de uma xarada de ‘o que é o que é’ através de uma mulher (Juízes 14.14).
-Judas perdeu a salvação por 30 moedas (Mateus 27.3).
-Jonas ficou irado por causa de uma planta que secou (Jonas 4.9).
- Moisés não entrou na terra prometida por que tocou duas vezes na rocha com raiva (Números 20.11).
-Uzá tentou segurar a Arca da Aliança e morreu por que não era permitido fazer isso (II Samuel 6.6).
-Saul perdeu o reino por que rasgou o manto do Profeta Samuel (I Samuel 15.27).
Devemos tomar cuidado antes de cobrar pequenas coisas das pessoas por que Jesus disse “atire a primeira pedra quem não tiver pecado” (João 8.7).
Não perca sua bênção por causa de nada, nem grande nem pequeno.
E você? Será que tem alguma coisa pequena impedindo de receber a bênção de Deus e viver o propósito dele em sua vida?
Se tiver algum empecilho em sua vida, retire por que Deus tem coisas grandes pra você!

11 de jun. de 2018

RESGATANDO OS VALORES PERDIDOS


“Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.” – (Lc 15.8,9)
Jesus utiliza esta ilustração de um fato natural para refletir uma verdade espiritual. Neste caso, nas três parábolas contadas neste capítulo, ele fala de algo que se perde e é reencontrado. Uma aplicação clara ao pecador que se arrepende e é “reencontrado” por Deus é feita nas três parábolas. Porém, além deste entendimento claro e específico, acredito que, assim como toda porção profética da Palavra de Deus, temos algo mais a aprender neste ensino.
Jesus falou sobre uma perda que aconteceu dentro de casa, e quero fazer uma aplicação espiritual disto para nossos lares e casas. Alguns podem achar que estamos apenas “espiritualizando” um texto fora de seu contexto, mas a cosmovisão bíblica dá suporte a este tipo de interpretação, desde que se harmonize com o restante dos princípios explícitos das Escrituras Sagradas.
 VALORES PERDIDOS
Esta mulher não perdeu a moeda na rua, mas dentro de casa, sem sequer ter saído de lá. A moeda, um denário, tinha mais valor do que a idéia que passa na nossa mente quando pensamos em uma moeda. Era a paga por um dia inteiro de trabalho de um trabalhador normal. E esta perda de algo valioso dentro de casa me fala de outros valores (não materiais) que muitas vezes perdemos dentro de casa.
Sei por experiência própria, como marido, como pai e também como filho, que muitos valores que devemos guardar dentro de casa, no convívio com nossos familiares podem ser comprometidos. Falo de valores emocionais como: o respeito, o carinho, o amor, a paciência, a compreensão, a dedicação, o serviço, a harmonia, a paz, a doação de si mesmo, etc. Falo também de valores espirituais, como: a oração, o devocional, a fé, o temor de Deus, a meditação na Palavra, e outros.
Muitas pessoas acham que para sofrer perdas em seus lares é necessário muita interferência ou pecados externos, mas digo que não. Quando pensamos só na moeda em si, imaginamos algo fácil de se perder e permanecer escondido em algum canto da casa. Quem já não perdeu algo em casa? O termo “moeda” não nos faz perceber a dimensão da perda. Na verdade, tratava-se de um décimo de tudo o que a mulher tinha! Este paradoxo também se dá com muitos dos valores que perdemos em nosso lar. Aparentemente trata-se apenas de “uma moeda”, mas vale bem mais do que o que só aparenta!
O processo de recuperação da moeda por parte desta mulher envolveu cinco atitudes que vejo como sendo a forma de reencontramos nossos valores perdidos.
 ACENDENDO A CANDEIA
O texto sagrado revela que a mulher acendeu a candeia. ela buscou mais luz porque havia falta dela… e não há como procurar algo no escuro. Acredito que este é um paralelo espiritual de algo que precisamos para reencontrar qualquer tipo de valor perdido, não só em nosso lar como também em nossa vida em Deus.
Que luz é esta que nos auxilia nesta busca? É a ação reveladora do Espírito Santo. Trazer à luz é expor o que estava oculto. Paulo falou aos coríntios sobre examinar-se a si mesmo. Mas creio em mais do que um auto-exame nas horas de concerto. Creio que precisamos nos aquietar perante o Senhor e deixá-lo falar em nosso íntimo pelo Espírito Santo…
 VARRENDO A CASA
Aquela casa necessitava de limpeza. A sujeira que estava lá naquele chão podia esconder a moeda. Não sabemos por que havia sujeira, talvez aquela mulher tenha deixado a janela aberta e um pé de vento trouxe sujeira para dentro de casa.
O mesmo acontece conosco, muitas vezes nos expomos demais a este mundo e permitimos que seus conceitos entrem em nossa casa e coração. Às vezes pela TV, ou por meio de não-crentes com quem convivemos… mas o fato é que quando a sujeita do mundo entra, encobre e esconde de nós aquilo que temos perdido. Se quisermos reencontrar valores, precisamos nos livrar da sujeira que entrou!
 PROCURANDO COM DILIGÊNCIA
Aquela mulher procurou com diligência seu valor perdido. Tem crente que chora no apelo, mas depois não dá um passo para alcançar aquilo que perdeu em sua vida espiritual ou familiar.
A mulher de nossa história empreendeu uma busca diligente, dedicada. Isto fala de disposição de concerto. Deus não dá nada para quem não valoriza. Por meio do profeta Isaías ele disse: “Derramarei água sobre o sedento” – (Is 44.3).
Por que Deus só derrama água sobre o sedento? Por que não sobre qualquer um? Ele dá água para quem valoriza a água, para quem vai aproveitá-la!
Jesus nos ensinou a não lançar pérolas aos porcos. Quem não valoriza não merece receber. Se queremos algum tipo de restauração em nossa vida em Deus ou em nosso lar, temos que nos empenhar nisto!
ATÉ ENCONTRAR
A mulher não apenas foi diligente, como também foi perseverante. A parábola nos revela que ela não parou de buscar enquanto não encontrou aquilo que havia perdido. Enquanto a diligência tem a ver com a “qualidade” da busca, a perseverança tem a ver com a “duração” da busca.
Normalmente falamos de se alcançar a nossa herança em Deus por meio da fé. É lógico que sem fé é impossível agradar a Deus, e o que duvida não receberá coisa alguma, mas há algo que acompanha a fé e que normalmente não percebemos o quanto tem a ver com possuir a herança: a perseverança. As Escrituras nos ensinam que precisamos tanto da perseverança como precisamos da fé:
“para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela perseverança, herdam as promessas.” – (Hb 6.12)
Algumas versões usam aqui o termo paciência, mas fala a mesma coisa. Fala de determinação até que se chegue ao alvo.
Precisamos desta firmeza na busca da restauração dos valores perdidos no lar. A família tem um lugar muito especial no coração de Deus, e Ele deseja que vivamos o seu melhor, inclusive nesta área.
As três parábolas de Lucas 15 nos mostram que não devemos nos conformar com as perdas. É hora de empenho, de dedicação, de determinação nesta restauração.
ALEGRIA PÚBLICA
Assim que reencontrou o que havia perdido, a mulher reuniu suas amigas e vizinhas para se alegrarem. O testemunho de restauração sempre animará outras pessoas, especialmente aquelas que estão iniciando a sua busca. Tudo o que Deus nos dá deve ser dividido com outros. Paulo declarou o seguinte:
“É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.” – (2 Co 1.4)
Quando Jesus libertou aquele endemoninhado gadareno, este lhe pediu que o pudesse acompanhar. A resposta de Jesus reforça o que estamos dizendo:
“Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam.” – (Mc 5.19,20)
Este homem recebeu a comissão de dividir com outros o que Deus nos fez. Este é um princípio do Reino que deveríamos levar mais a sério. A mulher samaritana que encontrou-se com Jesus junto ao poço de Jacó teve a mesma atitude:
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito.” – (Jo 4.39)
Assim que você resgatar aquilo que se havia perdido, estará debaixo da comissão de torná-lo público. Não apenas como um motivo de se alegrar, mas principalmente o de levar regozijo aos outros, especialmente os que possuem as mesmas necessidades que você tinha…

8 de jun. de 2018

OS JOVENS TAMBÉM SE CANSAM


Textos: Pv. 20.29; Is.40.30-31
Introdução: Em Provérbios 20.29, Salomão elogia a força dos jovens. Porém, Isaías diz que os jovens se cansarão, ficarão exaustos e cairão. Se os jovens são tão fortes, têm tanta energia e disposição, por quê eles se cansariam e cairíam?
1- A frustração dos objetivos não alcançados.
Emprego, carreira, dinheiro, casamento, e outros sonhos ou necessidades são, muitas vezes, impedidos ou adiados por motivos diversos. Isto pode causar desânimo e um tipo de cansaço por causa da luta.
2- O cansaço por querer antecipar as coisas ou ir longe demais.
Quem corre muito se cansa. Muitos jovens estão muito apressados para experimentarem os prazeres da vida. Com isso, entregam-se ao sexo ilícito, a relacionamentos superficiais. Isso pode causar um cansaço existencial, quando, ao se chegar a um certo tempo da vida, os prazeres tornaram-se problema porque foram buscados na hora errada. Por exemplo, o sexo ilícito pode trazer gravidez precoce e não planejada, além de doenças, formação familiar inadequada, etc.
3- A força roubada por Satanás.
O Inimigo rouba a força do jovem através do vício da bebida, do fumo e das drogas.
4- A queda do jovem.
Primeiro vem o cansaço, mas o indivíduo tenta continuar com o mesmo tipo de vida. Depois, vem a exaustão, que é um cansaço extremo e imobilizador. O estágio seguinte é a queda. Quantos estão desistindo dos estudos, da família, do trabalho, e até mesmo da própria vida!
Conclusão: 
Não desista. Coloque Deus na sua história. Jesus disse: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt.11.28). “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças.” (Is.40.31).
O jovem precisa aprender a confiar em Deus e esperar pelo que o futuro lhe reserva, não tentando antecipar aquilo que sua consciência rejeita por ainda não ser o momento certo.

ADOLESCENTES DA BÍBLIA



Ser adolescente inclui vantagens e desvantagens . No auge do vigor, da beleza, dos sonhos e da busca por autonomia surge um turbilhão de conflitos que o torna incompreendido pelos adultos. É uma fase de transformações, de autoafirmação e de curiosidades. Todos esses acontecimentos podem rumar para a maturidade, também para a insegurança e o aumento dos conflitos. Na verdade, ser adolescente é como um rito de passagem comportamental e hormonal que não segue manuais, porém conserva características comuns a faixa etária. Por exemplo: todo adolescente quer ser aceito nos grupos que elegeu como importantes para sua vida.

Ser adolescente e cristão é um desafio ainda maior porque há de se moldar para alguns desejos latentes e insistentes próprios da idade. Na questão do namoro, das imposições dos grupos, da popularidade, enfim, é preciso ter referenciais sólidos e seguros que sustentem as bases da moral e da personalidade para não se desabar em más escolhas. E essas escolhas podem afetar o restante de suas vidas. Não se trata aqui de podar e proibir a alegria e o desfrutar da mocidade, mas de aprender a viver e a utilizar os conflitos da adolescência como pontos de partida para decisões acertadas.

Para tanto, alguns adolescentes da Bíblia que servem de referencial para os demais adolescentes. O que se revela deles ficou como lições que podem nortear e ajudar na formação da vida cristã e na convivência social em geral. Cada um desses adolescentes viveram em épocas diferentes e atravessaram seus desertos em estações diferentes também. De Samuel a Rode há uma grande distância temporal. Samuel viveu cerca de 800 anos antes de Cristo e Rode em 62 d. C, quando as perseguições a cristãos eram frequentes e violentas (como ainda são hoje).

Contudo,  vale lembrar que a Bíblia é sempre atual e o que está escrito por inspiração Divina não caduca (O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar, Mt 24:35). 

Vamos aprender com Samuel, a escrava Israelita e Rode?

Samuel:

Samuel era filho de Ana e Elcana. Seus pais o apresentaram no templo em Siló e lá o deixaram para seguir ministério ao lado do sacerdote Eli. A mãe de Samuel era estéril, orou a Deus pedindo um filho e concebeu por milagre. Por gratidão, Ana doou o filho para trabalhar na obra de Deus. Treze anos de idade, é o que deveria ter Samuel quando foi entregue no templo, pois,nessa idade é que os meninos judeus são considerados capazes de fazer escolhas, são então chamados de “filhos do mandamento” B'nai Mitzvah.

A Bíblia diz que certa noite, dormia Eli em seu conforto e Samuel dormia dentro do templo, próximo a arca da aliança. Deus falou diretamente com Samuel, o chamou por três vezes, ele levantou e foi até Eli achando que era ele quem o tinha chamado. Eli, então reconhece que o próprio Deus falará a Samuel e o instrui a responder a voz: “fala Deus, que o teu servo te escuta”. (I Samuel 3: 1 a 10).

I Samuel 2: 21: E o jovem Samuel crescia diante do Senhor.

Breves lições em Samuel:


  • Eli estava cansado e já não tinha o mesmo zelo e vigilância pela obra do Senhor. Samuel tinha sede de Deus, zelo pelo templo e sabia quão importante era a arca da aliança, por isso dormia no templo.
  • Samuel tinha disposição para aprender
  • Respeitava os mais velhos
  •  Era humilde
  •  O adolescente Samuel levantou todas as vezes que ouviu chamarem-no. Se mostrou pronto a servir e a aprender a discernir entre voz de Deus e voz de homem. Samuel era responsável e já demonstrava maturidade porque compreendia a importância de obedecer a Deus e respeitar o próximo.

A menina vendida como escrava para casa do Naamã.


“Subiram tropas da Síria e da terra de Israel, levaram cativa uma menina que ficou a serviço da mulher de Naamã. Disse ela a sua senhora: Tomara o meu Senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria, ele o restauraria de sua lepra. Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é de Israel” II Reis 5: 2 a 4

Escrava, adolescente, natural de Israel (nação que constantemente guerreava com a Síria), a menina escrava se situava em um contexto social complicado e desfavorável. Contudo, havia algo de especial nessa menina que fizera com que o capitão Naamã e sua esposa a considerassem digna de confiança: a palavra da menina sobre o profeta Eliseu foi prontamente ouvida e seguida. Consideremos algumas características dessa pequena mensageira de Deus:

  • Ela conhecia ao Deus de Israel
  • Tinha fé no Deus de Israel (Naamã seria restaurado da lepra se o buscasse)
  • Trabalhava sem murmurar, era disposta.
  • Prudente no agir e no falar
  • Altruísta, se importava com a dor do próximo

Rode 

Para mim foi uma grata surpresa estudar sobre essa garota. Nunca ouvi qualquer pregação, estudo,artigo ou o que seja sobre ela, mas quando Deus me conduziu a conhecer sua história, compreendi porque ela recebeu destaque no livro de Atos. É uma passagem pequenina, porém com grandes revelações, vejamos:

“E batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas ela afirmava que assim era. E diziam é o seu anjo.” Atos 12: 13 a 16.

Lições em Rode.

  •  Haviam muitos adultos no pátio, mas Rode foi a única que correu até à porta; ela era diligente, observadora, prestativa.
  • Mas Rode não abriu a porta, por que? Ora, Pedro vinha de uma situação de perigo, fora preso por soldados romanos, estava em sua primeira situação de liberdade. Rode foi prudente, por mais que estivesse alegre com o retorno de Pedro não agiu impetuosamente porque sabia que poderia se tratar de uma armadilha: e se houvessem soldados com Pedro? Poderiam capturar os cristãos que estavam ali reunidos em oração. Rode nos ensina a não abrirmos a porta para o perigo.
  • O pátio era o lugar onde a igreja se reunia em jejum e oração, se Rode estava presente é porque se alegrava em participar dos cultos. Ela era uma garota que não dava trabalho aos pais, participava da obra do Senhor e prestava muita atenção as pregações. Tanto é que reconheceu imediatamente a voz de Pedro.
  • Rode se alegrou com a soltura de Pedro, ela se alegrava em rever os irmãos e se alegrava com o agir de Deus na vida dos irmãos.

Rode foi uma garota cristã formidável!

Certamente que encontraremos outros bons  exemplos de adolescentes na Bíblia, mas por enquanto ficamos por aqui.


22 de mai. de 2018

E TENDO ELES ORADO MOVEU - SE O LUGAR

E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. Atos 4:3

Gostaria de falar acerca de algo que o Espírito de Deus colocou em meu coração enquanto lia esse texto clássico de Atos dos Apóstolos, texto esse muito conhecido de todo o povo de Deus; especialmente daqueles que ainda não abandonaram o “altar da oração”.

Diz o texto que tendo eles orado “moveu-se o lugar”, ou como diz em outra tradução “tremeu o lugar”; pois bem, gostaria de lhes dizer que quando o crente ora pelo menos três coisas se movem:

1.      O reino dos homens – É difícil ou até mesmo impossível um crente orar e os reinos desse mundo não serem abalados (movidos) por Deus mediante o poder imensurável da oração.

Todo o crente que ora (principalmente os que oram diariamente) já experimentou o mover de Deus na sua vida material. Seja na abertura de uma porta de emprego que a muitos parecia impossível; seja no apressar de uma causa na justiça trabalhista civil ou até mesmo criminal; ou qualquer outro fato que se possa lembrar nesse momento.

O certo é que o segredo da nossa vitória não está em rosa ungida, sal grosso, folhas de Jerusalém (“”), trombeta santa ou qualquer outra invencionice humana, mas na “oração “ que tem o poder de mover o reino dos homens e fazer com que milagres aconteçam.

2.      O reino das trevas – Outro reino que se move quando você decide levar uma vida de oração é o das trevas. Já percebeu que quando você passa semanas ou até meses sem orar a sua vida experimenta uma aparente calmaria? É porque quando não oramos não incomodamos o inferno, o reino das trevas.

Mas a partir do momento que você se decidir sair dessa letargia e acessar uma vida de oração constante então se prepare; pois o inferno virá com tudo pra cima de você, mas não tenha medo, pois o Senhor promete estar contigo, seja qual for à situação (Isaías 43.2).

Algumas razões pelas quais o inferno se move quando oramos são as seguintes:

a.       Quem ora recebe poder de Deus para aniquilar as forças de Satanás e de seus demônios sobre a vida dos pecadores;
b.      Quem ora tem discernimento espiritual e não se deixa enganar tão fácil;
c.       Quem ora transpõe a barreira entre o céu e a terra e entra na santa presença da Majestade Divina.

3.      A mão de Deus – a terceira coisa (desculpem usar esse termo) que se move quando oramos é a mão de Deus.

O profeta Daniel orou segundo a Bíblia vinte e um dias para obter uma resposta e ao final moveu a mão do Eterno e a resposta veio (Daniel 9.1...).
Quer que as mãos de Deus se movam em sem socorro e o milagre aconteça? Então pare de reclamar, pare de murmurar e ore, ore e ore. E o socorro do alto com certeza virá.

Pare com essa bobagem de correr atrás de soluções mágicas para seus problemas, de correr atrás de charlatães que querem na verdade é tomar seu dinheiro. Você não precisa de outro mediador a não ser o Senhor Jesus Cristo, ademais, com a morte de Jesus o véu que fazia separação entre Deus e os homens foi rompido (Mateus 27.51) e desde então nosso acesso ao trono da graça está garantido.

CONCLUSÃO

3 de abr. de 2018

TUDO COMEÇA EM GILGAL


Gilgal é conhecido por ter sido o primeiro acampamento do povo de Israel após cruzar o Jordão, e o principal centro estratégico de operações militares utilizado por Josué durante as campanhas de conquista em Canaã (Js 4:19; 9:6; 10:6,43; 14:6).

Qual o significado de Gilgal?

Gilgal deriva do termo hebraico galal, que significa “rolar”, “afastar”. Portanto, Gilgal provavelmente significa “círculo (de pedras)”, ou “rolante”. 
Por intermédio de Josué, o nome Gilgal foi utilizado por Deus como uma espécie de lembrete a Israel acerca do livramento da escravidão no Egito. Isso fica claro quando Deus disse a Josué que “hoje retirei de sobre vós o opróbrio do Egito” (Js 5:9). O versículo continua dizendo que “por isso o nome daquele lugar se chamou Gilgal até ao dia de hoje“.
Também vale ressaltar que esse local já possuía esse nome antes do povo de Israel chegar até lá, pois no livro de Deuteronômio Moisés demonstra conhecê-lo como “Gilgal” (Dt 11:30), apesar de alguns críticos sugerirem se tratar de outro local.

A importância de Gilgal

  1. Gilgal foi a principal base de operações de Israel na conquista da Terra Prometida, sendo estabelecidas ali doze pedras comemorativas. Foi dali também que Josué liderou a campanha contra Jericó e na região sul (Js 4:19,20; 6:11,14; 10:1-43).
  2. Foi em Gilgal que a geração que cresceu no deserto foi circuncidada (Js 5:1-8).
  3. A primeira Páscoa celebrada em Canaã foi realizada em Gilgal (Js 5:10).
  4. Foi em Gilgal que o maná cessou (Js 5:9,10).
  5. Foi de Gilgal que Josué começou a distribuir os territórios conquistados entre as tribos de Israel (Js 14:6)
  6. Na época dos juízes, o anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim para julgar os esquecidos israelitas (Jz 2:1).
  7. De Gilgal, Eúde retornou para matar Eglom, rei moabita, e conquistar a liberdade de Israel.
  8. Samuel também costuma visitar Gilgal (1Sm 7:16).
  9. Foi ali que o reinado de Saul foi confirmado com sacrifícios de regozijo (1Sm 11:14,15), porém foi ali que Saul também ofereceu sacrifício precipitado (1Sm 13:8-14).
  10. Ainda sobre Saul, foi em Gilgal que ele e Samuel se separaram definitivamente, depois da desobediência de Saul em relação à guerra contra os amalequitas (1Sm 15:12-35).
  11. Depois da revolta de Absalão, os judeus receberam Davi de volta a Gilgal (2Sm 19:15,40).
  12. Elias e Eliseu passaram por Gilgal, antes de Elias ser arrebatado ao céu (2Rs 2:1). Tanto em Gilgal como em Betel havia centros de treinamento dos jovens profetas, e uma importante estrada ligava as duas cidades. Foi em Gilgal que Eliseu misturou um pouco de farinha na panela onde havia um caldo feito com frutos de uma trepadeira venenosa, e o veneno cessou (2Rs 4:38). Vale lembrar que alguns comentaristas consideram essa Gilgal diferente da citada no livro de Josué.
  13. Foi durante o século 8 a.C., pelo menos durante o reinado do rei Uzias e o reinado do rei Ezequias, que Gilgal se tornou um centro de adoração formal e ritualística, e, tal como em Betel, foi condenado pelos profetas Amós (Am 4:4; 5:5) e Oséias (Os 4:15; 9:15; 12:11).
  14. O Profeta Miqueias, usado por Deus, relembrou o povo sobre a viagem que Israel fez desde Sitim até Gilgal, ou seja, a travessia do rio Jordão para entrarem na Terra Prometida, enfatizando a evidência da justiça de Deus e de Seu poder salvador a favor deles (Mq 6:5).

Onde ficava Gilgal?

Como já dissemos, há uma grande dificuldade sobre este assunto, pois não se sabe ao certo quantas “Gilgals” diferentes a Bíblia cita. Existem passagens onde, ao compará-las, parece clara a condição de que se referem a lugares diferentes, porém nada pode ser afirmado com plena exatidão.
Falando da Gilgal mais conhecida, ou seja, o primeiro acampamento dos Israelitas que serviu como base de operações do povo de Israel depois da travessia do Jordão, a própria Bíblia afirma que sua localização ficava a leste de Jericó, estando entre a cidade e o rio Jordão.
Apesar de a área ser, de certa forma, delimitada pela narrativa bíblica, a localização exata de Gilgal dentro desse perímetro é incerta. A sugestão mais aceita entre os estudiosos é que Gilgal esteja a cerca de 2 km a nordeste da Jericó do Antigo Testamento, ao norte de Khirbet El-Mefjir. Essa localização parece estar de acordo com Josué 4:19.
Em Josué 15:7, é citada uma certa Gilgal que ficava “à subida de Adumim”, na fronteira de Judá. Embora alguns discordem, provavelmente se trata da mesma Gilgal mencionada acima.
O livro de Neemias (12:29) menciona um lugar chamado Bete-Gilgal, de onde vieram cantores para festa da dedicação dos muros de Jerusalém. Para alguns, esse lugar é a mesma Gilgal do livro de Josué, já para outros trata-se de um local completamente desconhecido.
Eliezer Martins
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